Abaixo a pergunta, a resposta e a réplica... espero agora que o senhor prefeito me responda de verdade e apresente SOLUÇÕES factíveis:
Pergunta feita por mim ao Prefeito, publicada no Jornal da Economia - 20/01/2012 - Coluna "Fala Prefeito":
Caro Senhor Prefeito, nós moradores do bairro Jardim Bandeirantes gostaríamos de saber quais providências serão tomadas em relação ao rio que cruza Avenida Anhanguera (na altura do número 266).
Tenho 36 anos, vivi em uma casa em frente a esse rio por 30 anos, sendo que hoje meus pais e irmão ainda continuam vivendo lá. Por experiência te digo que é muito triste você acordar todas as manhãs e ver aquele monte de mato misturado a esgoto e que durante esses dias quentes de verão começam a feder mais do que o “normal”, se é que se pode chamar esgoto jogado no rio de algo normal. E quando começa a chuva? Ninguém sabe o que vai acontecer... até aonde a água do rio irá subir. No passado diversos vizinhos perderam geladeiras, sofás, fogões dentre outras coisas quando das chuvas e a água do rio invadia as casas; hoje na situação de sujeira que está o rio quem garante que isso não irá acontecer novamente?
Através da imprensa soube de uma grande obra de revitalização de todo o entorno da Avenida Bandeirantes, porém não encontrei nada se referindo a qualquer tipo de revitalização do rio que cruza a avenida Anhanguera.
Necessitamos URGENTE de uma solução DEFINITIVA para essa situação; DEFINTIIVA entendemos que não é tão somente cortar o matagal que se formou em toda a margem do rio, mas sim a construção dos paredões ou mesmo a canalização do córrego. E quanto ao esgoto que se tornou o rio? Esperamos também uma solução DEFINITIVA, ou seja, que o esgoto da região deixe de ser jogado diretamente no rio e finalmente acabando com o mau cheiro, algo inaceitável para uma cidade que é considerada Estância Turística.
Resposta do Excelentíssimo Senhor Prefeito de São Roque Efaneu Nolasco Godinho - coluna "Fala Prefeito" - JE 20/01/2012
Caro Luciano,
Realmente o que estamos projetando para ser feito na região da Avenida Bandeirantes vai dar muita qualidade àquela região, tanto na melhoria da via quanta nos atrativos que serão colocados a disposição da população.
Esse fato citado por você e que vem acontecendo a mais de 30 anos, posso falar com propriedade que as enchentes existiam, mas nunca invadiam as residencias, isto porque o leito do rio estava livre e sem barreiras ou intervenções.
Infelizmente, com o passar dos tempos cada um foi fazendo sua casa, construindo seus quintais, muros, enfim invadindo o espaço natural dos rios, e logo, dois corpos não ocupam o mesmo espaço e assim surgem os contratempos e apreensões que você relata.
Então a solução é clara, temos que dar passagem, ou seja, devolver o espaço que já era do rio, portanto havendo a liberação dos moradores, permitindo que façamos o serviço, como limpezas ou até mesmo se for o caso a demolição do que estiver obstruindo a passagem das águas, podemos garantir que teremos a solução almejada por você e todos os que fazem divisa com o leito do rio.
Tenha certeza que com soluções simples e eficazes podemos transformar a cara de uma localidade.
(texto copiado na integra do Jornal da Economia - portanto erros de grafia ou concordância não são meus).
Minha "réplica" a resposta do Prefeito, publicada no Jornal da Economia de 27/01/2012 na coluna "Carta do Leitor"
Caro Senhor Prefeito Efaneu,
Gostaria primeiramente de agradecer sua resposta a meu questionamento publicado na coluna “Fala Prefeito”, do 20/01/2012 sobre os problemas que os moradores do Jardim Bandeirantes vêm enfrentando por mais de 30 anos com o rio que cruza a Avenida Anhanguera.
Tenho a dizer que sinceramente fiquei muito decepcionado com sua resposta e conseqüente percepção do problema que estamos enfrentando.
Primeiro o senhor informa que nós moradores é que construímos nossas casas/muros em volta do rio, como se o problema tivesse sido criado por nós. A história não é bem assim, se o senhor fizer uma pesquisa nos arquivos da prefeitura ou mesmo buscar fotos antigas desse local, perceberá que esse rio era um pequeno córrego que com os anos foi crescendo, avançando em suas margens, possivelmente devido ao aumento do volume de água despejada nele, principalmente depois do asfaltamento, por conseqüência impermeabilização do solo em bairros localizados em áreas mais altas de São Roque (exemplo Cambará, Santo Antonio, Jd. Brasil, etc), e como o senhor mesmo disse em resposta ao meu questionamento: “dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar” e concordo com o senhor sobre tal afirmação, agora pergunto: Qual é o plano para resolver esse problema?
Outro questionamento que faço, já que o senhor afirma que foram os moradores que construíram em locais inadequados inviabilizando a passagem da água, porque a Prefeitura liberou o alvará de construção? E suponhamos que isso se aconteceu num passado distante (em outra gestão), porque a prefeitura não tomou e não toma nenhuma atitude para regularizar essa situação?
E por último gostaria, por favor, que o senhor nos esclarecesse a abrangência da frase: “(...) com soluções simples e eficazes podemos transformar a cara de uma localidade”. O que significa “soluções simples e eficazes”, para mim essa frase não passa de uma retórica, pois como o senhor mesmo informou, a solução não é tão simples assim, pois envolve “desapropriações”, etc. Essa solução que o senhor informa seria somente a limpeza e corte de mato do leito do rio? Se for isso, sinceramente acho que isso não é uma solução, pois como informei no artigo original “Fala Prefeito” publicado nesse jornal na semana passada, esperamos soluções DEFINITIVAS e não paliativas.
Desde já agradeço muito a sua atenção.
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