sexta-feira, 12 de agosto de 2011

.:. Políticos são todos iguais mesmo .:.

Pois é são todos iguaizinhos: troca o idioma, a cor, o pais mas a característica principal continua: a DESONESTIDADE.

Estou vivendo aqui na Argentina há 1 ano e 9 meses e claro que vivendo aqui não poderia deixar de observar como é feito a política de “nuestros hermanos”; a gente que tá no Brasil muitas vezes reclama de algumas coisas e só se vai dar conta de que tem lugares piores quando vive fora, não estou dizendo que a política no Brasil seja melhor que aqui, senão estaria indo contra justamente o título deste post que é justamente defender que políticos são políticos não importa aonde. O quero dizer é que talvez evoluímos um pouco .. explico isso me baseando no esquema de eleições aqui na Argentina:

Aqui só nesse ano, até hoje: 11/08/2011 o povo “coitado” teve que ir às urnas duas vezes e ainda está previsto ir outras três, aí começa o absurdo:

Um pais que já não está tão bem economicamente, que mantém uma quantidade absurda de subsídios (vulgo esmola para ganhar voto), com um inflação anual que beira os 25%, não pode se dar ao luxo de em um único ano organizar três eleições, duas delas com segundo turno:

1) 1º turno para governador
2) 2º turno para governador
3) Primárias presidenciais (oh inveja dos EUA)
4) 1º turno para presidente
5) 2º turno para presidente

Dizem por aí que cada eleição dessa custa aos cofres públicos argentinos uma soma de $25 milhões de Pesos (equivalente a R$ 10 milhões de Reais), talvez você brasileiro lendo esse post pensa R$ 10 milhões não é nada para um pais, mas para um país que tem mais ou menos 1/5 da população brasileira R$ 25 milhões por eleição é muita grana (não tenho fontes sobre o valor exato desse número).

Agora me diga por que não organizar todos os pleitos em uma só data?

Aí vem o “segredo da coisa” ... tudo é uma questão de oportunismo:

Vou tentar me explicar o mais didaticamente possível:

Se a eleição é feita como no Brasil, em uma única data, os governadores eleitos nas províncias não terão oportunidade de fazer politicagem com os possíveis candidatos a presidente e vice-versa porque ninguém sabe exatamente quem ganhará o que.

Aqui como pelo menos uma das “pernas” já se tem definida que é justamente: a de governador, estes depois de eleitos ficam todos “puxando o saco” e fazendo “aconchavos” com os candidatos a presidente, principalmente esse ano que já é dada como certa a vitória da digníssima Sra. kirchner  , tentando ser mais claro porque acho que ainda continuo confuso: ou seja, você elege um governador teoricamente com um ideologia e esse senhor depois de eleito “vira a casaca” apoiando a Cristina kirchner  e para assim poder ganhar algumas “benesses”, cargos, etc.

No Brasil pode até ocorrer situação parecida, quando um governador ganha já no 1º turno, mas digamos que ele vá para o 2º turno, teoricamente ele não sabe quem irá ganhar para presidente, se ele é da oposição não haverá tempo para ele “virar a casaca”... ele pode virar mudar depois, mas durante a eleição é muito difícil.
E aqui além de tudo isso existe as famosas “primárias”, antes de escrever sobre isso, deixa eu contar um coisa que estranhei muito por aqui: Praticamente não há pesquisas eleitorais!! Eu que estava acostumado no Brasil que a cada dia em época de eleição aparece uma nova pesquisa, pesquisas realizadas por institutos teoricamente sérios; aqui não há nada disso, quando saberemos realmente quem está na frente na corrida pela vaga de presidente? Nas malditas eleições primárias. Isso foi inventado com intuito de decidir quem se candidatará a presidente no caso de um partido político com mais de 1 candidato, mais ou menos como ocorre no EUA, lembram da Hilary Clinton e Barack Obama? Pois é, na Argentina o esquema tenta ser parecido, ou seja, não é o partido que escolhe seu melhor candidato, mas sim “teoricamente” é POVO!!! Bonito isso não?!

Mas voltando ao assunto da Argentina, como comentei, além do gasto de dinheiro, desgaste do povo que tem que ir as urnas 5 vezes nesse ano (e muitas vezes trabalhar como mesário), eu que não posso tomar meu vinho por causa da maldita lei seca que proíbe os restaurantes de venderem bebidas alcoólicas, tem o fator principal que é toda a questão política ideológica que “sobressai” em uma situação como esta, ou podemos dizer  não há mais ideologia? Não há mais ideais? Em resumo: todos vão para o lado de onde está o poder! [qualquer semelhança é mera coincidência].

PS.: Em outro post vou por uma matéria de um jornal local sobre a complicação que é a cédula de votação: posso dizer cômico.

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